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Todo mundo tem histórias poéticas


Muitas histórias que vivi viraram poemas. O poema "Dois rios" foi escrito de frente para o rio Amazonas, quando meu amigo me disse que "Debaixo daquele rio existia um outro rio...".


O poema que fiz para o meu pai, quando ele faleceu, foi minha construção, uma casa que fiz para o meu pai caber. Nele, escrevi muitas das histórias que vivi com o pai, falei do jardim da sua casa, dos amigos que o pai adorava receber nesse quintal. Tudo memória, tudo história que inspirou a escrita poética.


Quando me senti com medo de ocupar meu espaço, de escrever as ideias que gostaria de escrever, rabisquei num papel o poeminho* que as pessoas mais compartilham: "Passarinho / quando aprende a voar / sabe mais sobre coragem / que de voo."


Ouço muito as pessoas dizerem que não têm inspiração. Uma grande mentira. Inspiração não é uma coisa que você tem ou não. É uma coisa que você usa ou não. Inspiração é olhar com mais interesse para as histórias que você vive. É assim que escritores e escritoras escrevem, desde que a escrita existe, observando a vida ao redor (ou a vida de dentro).


Todo mundo tem histórias para inspirar a escrita. Quando aprendi isso, não teve um dia em que eu ficasse sem "inspiração". Divido isso nos meus cursos de escrita, pois desejo muito ver as pessoas tomando posse de suas próprias histórias e escrevendo-as. Essas histórias que só nós podemos escrever são as histórias que merecem e precisam ir para o papel.


Então, não duvide disso. Não quero parecer um coach aqui, mas essa é uma verdade. Não duvide das suas histórias.


Se você se lembrou de alguma história enquanto me lia, escreva. É assim que se escreve: escrevendo.


Estamos juntos, mesmo!

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