São muitas as formas de escrever. Quando a gente esquece disso, normalmente a gente trava e fica preso há um só formato de texto. E ele não avança.
Mas quando a gente aprende ou se lembra que são muitas as formas de se escrever, as ideias avançam por essas outras vias, os outros formatos. Por isso eu gosto sempre de falar da literatura.
Tem a poesia com os versos livres e soltos, e a poesia com as rimas e os versos medidos metricamente pelas sílabas poéticas; tem também a prosa curta, na estrutura da crônica, da história contada pela perspectiva do autor; ou a prosa curta do conto, com a história contada a partir de um personagem inventado; existem também as narrativas de prosas mais longas, como os romances, que também têm muitas formas de serem escritas, com diálogos ou não, com narradores em primeira ou terceira pessoa, com os tempos verbais no pretérito ou no presente; e ainda tem os diários, numa escrita com o tom mais íntimo, quase escondendo um segredo...
Ainda estou falando pouco das formas e das estruturas que podemos usar para mudar o jeito de escrever um texto. Imagina se há chance, quando se tem esse conhecimento, de haver um bloqueio? Há sempre uma saída, há sempre uma outra via para seguir...
Não é fácil saber sobre as formas e estruturas. Não assim, de repente. Mas repito mil vezes até que se aprenda: é devagar que avançamos. Eu tenho o hábito da leitura há quase três décadas. E o da escrita há mais de vinte anos. Também estudo a escrita, faço curso com os escritores que admiro, leio as obras e as biografias dos autores, e escrevo todos os dias...
Há sempre algo novo para aprender e ajudar na atividade da escrita. Então, calma.
Vá indo, de mansinho, mas vá sempre. Busque outras formas para fugir dos lugares comuns, das travas e para abrir espaço para o texto se espalhar melhor pelas páginas.
Aprenda sobre a escrita literatura. É ela a mãe de qualquer texto bacana.
Aposto até meus livros de Elena Ferrante nisso :)