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Houston, nós temos um poema


"Se o homem já pisou na lua doze vezes, por que não amar você?"

Ontem me lembrei de um poema que não está em livro algum que publiquei. E isso me deixou alegre e triste. Alegre por ter me lembrado de um poema e de sua história, de como eu o escrevi. E triste por perceber que deixei de fora dos meus livros um dos poemas que mais me diverti escrevendo.

Eu estava assistindo a um filme sobre o primeiro voo do homem à lua. Estava impressionado com a precariedade dos equipamentos comparados aos de hoje, e pensando em como o homem foi corajoso em subir num trambolho de latas velhas para ir à lua.

Depois do filme, fiz uma pesquisa na internet e descobri que o homem já havia pisado na lua mais doze vezes. Sei da primeira ida dos americanos ao solo lunar, isso está documentado em filmes, séries, livros... Mas não tinha ideia de que depois da primeira, o homem já havia pisado na lua mais onze vezes.

Foi com isso que comecei a escrever o poema que se chama "Satélite lunar". E ele nasceu dessa indagação: se o homem já pisou na lua doze vezes, por que temos medo de amar?

O filme mostra como foi perigosa a ida do homem à lua. Alguns astronautas morreram em outras tentativas, antes do sucesso da Apollo. Aqueles homens tiveram medo, mas se arriscaram por uma paixão. Por que não nos arriscamos em amores?

Foi com isso que comecei a escrever o poema abaixo, o "Satélite lunar", brincando com essa questão que aterrissou no meu peito. E estou dividindo essa história com você para que você perceba que a poesia não está num milagre, num talento, numa espera minha de que o poema chegue como uma lua que espera pelos astronautas. Para que o poema aconteça, sou eu que vou, sou eu que entro em um foguete e viajo pelas palavras até encontrar um solo lunar para pousar. É divertido escrever assim. E é possível. Todo mundo pode.

Se você também quer aprender a escrever poesia, a ter mais inspirações e a transformá-las em versos, amanhã, terça-feira, começa a minha última turma do "Curso de Poesia" do ano. Ainda dá tempo de se inscrever para você também fazer suas viagens lunares. Todo mundo pode e merece escrever com mais poesia nas mãos. O link para o curso está aqui. Se te animar, inscreva-se para lançar seus foguetes comigo.

"Se homem já pisou na lua doze vezes,

por que não amar você?

Pensei nisso outro dia

e quis te amar um pouco mais.

Qual a maior distância que o amor já percorreu?

Quantas vezes mais eu vou amar você?

Já faz tempo que ninguém pousa na lua

e eu te amo há muito tempo também.

Foguete, sonda, satélite lunar...

Não foi isso que nos trouxe até aqui,

e agora estão armando um resgate

para nos tirar do amor.

Please, não venham nos tirar do amor! Houston, we don’t have a problem.

Aqui, onde estamos agora

a gravidade ainda não existe.


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