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Como um farol para a escrita


Por algum tempo, como leitor, eu li muito e de tudo. Li o máximo que pude, para acumular repertório de leitor. Lembro de pensar assim, que precisava ler muito. E li mesmo. Li poetas, cronistas, romancistas, dos mais variados temas e estilos. Li incansavelmente, como um carro novo que roda e roda até o motor esquentar e quase pegar fogo. Com a diferença que é sempre mais gostoso pegar fogo lendo livros do que dirigindo um carro. Mas eu li assim. Até encontrar os meus gostos. Ou melhor, as minhas obsessões.


Com um pouco mais de tempo, encontrei meu lugar. Montei meu altar sagrado, que sempre me lembra para qual rumo eu quero ir. Principalmente na escrita. É com as leituras dos autores e autoras que mais gosto que reforço a minha direção na escrita, sempre que me perco um pouco. Aliás, perder-se não é ruim. Não na leitura nem na escrita. É como um experimento químico que não dá certo, quando juntamos algumas substâncias que não se misturam bem, e provocam cheiros estranhos, ou até explosões. O importante ali não é o resultado em si, mas a experiência, as outras descobertas.


Hoje a leitura é o que dá luz ao caminho que quero seguir na escrita. Meus bons livros me animam. Me fazem lembrar por que gosto de escrever. Me incentivam ao texto. E, consequentemente, me acordam cedo para escrever. Me fazem dormir tarde, encurtar o almoço ou querer voltar para casa para terminar um texto.


É com estes livros, que eu gosto de dizer “os sagrados”, que eu sigo. Mas o meu sagrado. Não o dos outros. O sagrado para mim. O que melhora o meu estilo, o que me ajuda a lembrar do que eu gosto e não gosto. O que me deixa ansioso para escrever em seguida. Essa leitura tem a ver com toda a bagagem que a gente carrega, de experimentações, de histórias, memórias. É uma leitura íntima.


Eu só queria compartilhar isso com você hoje, que a minha escrita é impulsionada pela leitura. Isso é óbvio e você já deve ter ouvido de muitos autores. Mas também quero reforçar isso para que você desenhe a sua própria jornada de leitor. O que te impulsiona? O que te motiva ou até te obriga a escrever? Procure estes livros, monte um farol com eles no lugar mais importante da sua casa, do seu escritório.


Leia para impulsionar sua escrita. Alguns livros serão seu farol. Volte a eles sempre que o caminho ficar escuro. Leia para escrever.


Falando em farol e luzes...

A Fogueirinha, o último curso de escrita deste ano, começa já na próxima segunda-feira. Uma roda de escrita literária que acontece a partir da escuta.

Durante 4 noites, sempre às segundas, vamos desenvolver a escrita com muita leitura de textos produzidos por vocês. Assim, com os textos que teremos e os materiais que trarei para as aulas, vamos trabalhar questões importantes para escrever mais, com mais confiança e novas ideias para seus textos.

Uma oportunidade para se aproximar de outras pessoas que escrevem e desenvolver sua jornada através da partilha, fundamental par anos enxergarmos como escritores e escritoras.

Aproveite! A Fogueirinha começa no dia 20 de novembro, para quem, como eu, ama a palavra escrita. Inscreva-se aqui


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